9 de dezembro de 2008

Pedidos...

Vá lá... sorri :)

Pode ser?!

2 de dezembro de 2008

Amanhecer...

Preferia continuar a dormir... pelo menos por mais algumas horas... Apagar a mente, não sentir o bater do coração porque enquanto durmo ele bate calmamente e sem gritar por mim. Reparo nos lenços ao meu lado... nem me lembro dos ter colocado lá... foram precisos...
Cerrar os olhos já não surtia efeito. O dia, o relógio e as suas imposições puxavam-me do sono...
Reli o texto... com outros olhos mas com o mesmo desfecho.
Parei para perceber o que sentia... uma paz, um desconforto, uma ténue luz, uma desilusão...
A ténue luz... apago-a... existe há tempo demais...
Quero aquela brisa... sim, aquela que apaga as ténues luzes e fortifica as chamas robustas.
Oiço aquele diálogo repetido...
"- Foi desta?"
Vacilo... Mas digo em baixo volume:
"- Sim."

E agora venha de lá o... Bom Dia *

26 de novembro de 2008

Detalhes...

Finalmente... fechei esta porta...

Porque uma imagem estática não chega... é como uma sombra...
Porque as palavras sem voz tornaram-se vazias...

Faltou tão pouco... mas meio cheio, não é cheio, é mais... meio vazio...

(In)Conformismo...

O percurso mais difícil... ou pelo menos o mais inesperado e tumultuoso... O que surge no dia a dia simplesmente não chega. A insatisfação é constante... Quando se cruza uma meta a mente já projecta o que virá a seguir... Mais, sempre mais... Mas não é um “mais” ambicioso porque não parte em busca da riqueza ou grandeza vulgares... É um “mais” diferente... é crescer e sentir esse crescimento... longe das insuportáveis vulgaridades!

4 de outubro de 2008

Escolhas de hoje...


Chateia-me o óbvio e o vulgar...
Aborreço-me com caminhos direitos...
Por isso, entre a realidade e a ilusão... escolho-te a ti!

27 de setembro de 2008

O re(encontro)...

Durante muito tempo imaginava-o com detalhes, desenhava-lhe os pormenores, planeava-o com cuidado e dedicação...
Mas a anotação que lhe correspondia na agenda nunca chegou a ter uma data, uma hora... Afinal a incerteza do que poderia acontecer vencia curiosidade.
O relógio deu muitas voltas... tantas voltas...
A noite era de festa... Sorrisos, música, animação... E do nada, simplesmente aconteceu... O re(encontro)... Sentiu o tempo parar, abstraiu-se do mundo e um holofote visual ofereceu-lhe cada detalhe... Rolou uma lágrima por dentro... Ouviu as promessas, cheirou os ramos de flores, sentiu aquele abraço que os elevava para lá do mundo, viajou por onde tinham viajado e caminhou de mão dada novamente naquele trilho que era para a vida...
Quando voltou ao presente, apercebeu-se que há viagens interiores que não se conseguem ocultar...
“- Está tudo bem?”
“- Sim... Foi apenas um infeliz (re)encontro... Porque as histórias felizes que vivemos devem ficar onde estão... no passado! “

15 de setembro de 2008

Escola de Verão...

Mais do que o azul turquesa do mar, do que as areias brancas e finas, do que a brisa quente e delicada... o que fica é a marca daqueles com quem te cruzas...

Aprendes que caminhando descalço fazes verdadeiramente parte da terra...

Recordas como é fácil sorrir das banalidades e que até o mais complexo dos problemas não passa da soma de pequenas dificuldades...

Dizes genuinamente "bom dia" e nenhum rosto te faz temer...

Entras no ritmo africano e libertas o corpo nos movimentos...

Tornas-te simples... na simplicidade do ser!


1 de setembro de 2008

O dia do passeio...


A Viagem...

Sozinha! Dizia que queria ir sozinha mas era muito mais do que querer... era sentir essa necessidade! Queria acordar e seguir os seus instintos... sem regras, sem justificações, sem horários, sem censura... Queria vestir aquele vestido sem se preocupar se as sandálias eram as mais apropriadas, queria deixar o cabelo solto mesmo que parecesse despenteado, queria ler aquele livro e parar apenas porque chegara ao fim e não porque o relógio assim obrigava... queria dormir quando tinha sono e caminhar sem rumo à beira mar...
Ali estava serena... estranhamente serena... Os medos que lhe incutiram antes da partida estavam distantes e surpreendentemente silenciosos.
O silêncio das vozes. Essa era a maior libertação... o silêncio. Vivia a um ritmo frenético, o seu mundo cruzava muitos outros e quase não tinha tempo para explorar aquele castelo só seu... Sentia falta disso... de viver e respirar aquele lugar!
Esta viagem era o concretizar de um objectivo de vida e sentia a emoção de o fazer...

Momentos...


O calor suave da noite...

"- Está sozinha?!"

Sorriu...

"- Não..." - estava com ela própria e isso já é muita gente...

14 de junho de 2008

Tempo... para ti...

Escrever para ti outra vez não estava nos meus planos mas... mais do que sentir vontade... apetece-me! Apetece-me dizer-te que sim. Sim! Há 'alguém' que compreende... há 'alguém' que não te cobra nada, há quem te aceite mesmo sabendo que vives num mundo com pouco espaço para teres 'alguém' no seu centro! E as limitações que crio a mim própria nesta ilusão persistente e duradoura não me permitem dizer-te muito mais... Por vezes apetece-me saltar a barreira, quebrar as proibições mas... há ainda um “mas”...
Houve alguém que disse um dia que “só vivemos uma vida”. Discordo! Vivemos várias vidas numa vida... O desafio é entrelaçar as vidas da vida.
É por isso que por mais distantes que sejam os percursos continuo a acompanhar-te. É por viveres como eu vivo, é por ires sempre mais além e quando lá chegas desejares ir ainda mais longe!
E se nesta caminhada te resta pouco tempo para outros recorda que mais importante que a quantidade é a qualidade... E garanto-te que um segundo contigo vale mais do que anos com algumas pessoas...
“Até breve”

1 de junho de 2008

Distâncias...


Fica tudo tão mais fácil... quando estás por perto...

9 de abril de 2008

Um dia de tempestade...

O teu dia...
Era o que todos me diziam... “o teu dia”...
O astro leu-me a alma... Choveu, o vento rompia em fúria, o céu enegreceu-se... instalou-se o temporal... Por breves instantes uns tímidos raios de sol furavam o denso manto escuro e ouvia-se o tocar do telefone... Hoje até este toque constante foi perturbador...
Instalou-se o temporal, o céu enegreceu-se, o vento rompia em fúria e choveu... Há quanto tempo não chovia por aqui... Choveu, e choveu e choveu...


Passou o “meu dia”... aguardo o prenúncio do arco-íris...

8 de abril de 2008

2 de abril de 2008

4 de março de 2008

O meu anel...

Hoje, como muitas outras vezes, saí daquela sala a pensar que perdi o juízo que me restava no dia em que embarquei nesta viagem... Mas este pensamento foi, como habitualmente, muito fugaz... Sorri e repeti aquela firme certeza... “quanto mais difícil é, mais certeza eu tenho”!
Este é um dos tesouros que guardo de ti...
E para que saibas... Não quero diamantes, recuso safiras, devolvo pérolas... o meu anel era de quartzo... e apesar do teres guardado contigo sei que será sempre meu!

Conflitos...


E volta-me à memória... Tem voltado sempre... todos os dias, em muitos instantes...
Com tanto para pensar nesta correria que me mantém segura... ocupas espaço e eu não tenho esse espaço para ti...
Recuso-me, bato o pé como uma criança mimada que sempre fui e, em instantes como este, continuo a ser...
Há coisas que simplesmente não o são, há passos que não te fazem avançar no caminho, há ar que não deves respirar, há telefonemas que não são para atender, há sorrisos que não são para retribuir, há histórias que não são para viver...
E quando me firmo nestas certezas da razão uma voz interior ordena-me bem alto:
Caminha!
Respira!
Atende!
Sorri!
Vive!
E por momentos desfaz-se a ilusória harmonia e instala-se a firme perturbação...

28 de janeiro de 2008

Outro dia... talvez...

Na busca pela serenidade, encontro uma barreira... Tal como a água de um rio que flui naturalmente para o mar... Segue por linhas direitas, num ritmo perfeito, numa natureza harmónica... até tropeçar com um tronco perdido, com uma diferença de relevo que a faz cair abruptamente ou com a fina linha de um pescador... Comecei por achar que me tinha cruzado com o fio de pesca, mais tarde considerei o tronco da árvore mas acabei por me encontrar na cascata...
E enquanto a maioria se fascina pela imponência, força, descontrolo e beleza da cascata... eu recuso, abafo, nego e tento controlar o até agora incontrolável...
Há-de ser... mas não agora!

8 de janeiro de 2008

Entre nós...

- Achas que é desta?!
- Não sei... Só tu podes responder a essa pergunta... Achas que é?!
- Nem sei se quero que seja... Provavelmente não tenho espaço para isso...
- O problema é o espaço?!

(Continuo sem saber responder-te...)

Memórias...


Um livro... Páginas que folheio há tempo demais! Releio alguns capítulos vezes sem conta e pergunto-me como deixei de fazer parte do enredo... Porque quis sair da história, porque me cansei do filme?!
Afinal o “para sempre” pode acabar amanhã e o sentimento eterno dura apenas hoje!
É tempo de arrumar o livro numa prateleira bem alta, quase inalcansável e bem longe da visão... é tempo de lhe abafar o perfume que transporta para lugares mágicos... é tempo de apagar as imagens que ilustram momentos que nem o tempo, nem a distância conseguem apagar...

O importante é seguir em frente... porque as memórias são apenas isso... memórias!