21 de junho de 2007

Aquele pátio...

Espreitei, ouvi o som e vacilei...
Podia contorná-lo, evitar os olhares, as perguntas, mas ia perder a sensação... ia perder o momento... E há momentos na vida que são valiosos demais para serem perdidos!
Fechei os olhos e avancei para uma perspectiva diferente. Vi uma menina sentada no pátio com as amigas a sussurrar segredos ingénuos... olhei noutra direcção e vi-a novamente mas desta vez a caminhar vestida de preto com um ar ilusoriamente indiferente... conseguia ler-lhe os pensamentos, sentir-lhe a força, observar-lhe a alma...
Apeteceu-me dizer-lhe que o futuro era muito diferente do que ela imaginava...
Mas, enquanto eu lhe destruia mentalmente o sonho, ela aproximou-se e iluminou-me o caminho. Olhou-me nos olhos – e eu que achava que ela não me podia ver – e disse com voz firme: continuo aí... no mais íntimo de ti... deixa-me renascer!
E nesse preciso momento... aquele pátio dos sonhos redirigiu o palco da vida...

11 de junho de 2007

O caminho...


A espera... a incerteza... a mudança!
Viver uma transição, seja de que natureza for, faz-te flutuar. Mas o importante é ela acontecer.
Acredita! E se alguns perdem mais tempo a criticar do que a partilhar contigo o momento, não te lamentes... O tempo coloca tudo no seu devido lugar...

Uma viagem diferente...

Debruço-me sobre esta janela e olho o céu. Vejo a noite tão vazia, tão silenciosa e viajo... Viajo no tempo, pela mente, pelos sonhos que se edificaram e por aqueles que ruíram, por um mundo que era o futuro de ontem e constitui o passado de hoje, por um vasto número de lugares, de pessoas, de coisas... enfim, de seres que me marcaram e foram marcados.
Viajar é evadir-se, é (re)viver!

2 de junho de 2007

A outra face...



"Ao rio que tudo arrasta chamam violento!

Mas ninguém chama violentas as margens que o comprimem..."