4 de março de 2008

O meu anel...

Hoje, como muitas outras vezes, saí daquela sala a pensar que perdi o juízo que me restava no dia em que embarquei nesta viagem... Mas este pensamento foi, como habitualmente, muito fugaz... Sorri e repeti aquela firme certeza... “quanto mais difícil é, mais certeza eu tenho”!
Este é um dos tesouros que guardo de ti...
E para que saibas... Não quero diamantes, recuso safiras, devolvo pérolas... o meu anel era de quartzo... e apesar do teres guardado contigo sei que será sempre meu!

Conflitos...


E volta-me à memória... Tem voltado sempre... todos os dias, em muitos instantes...
Com tanto para pensar nesta correria que me mantém segura... ocupas espaço e eu não tenho esse espaço para ti...
Recuso-me, bato o pé como uma criança mimada que sempre fui e, em instantes como este, continuo a ser...
Há coisas que simplesmente não o são, há passos que não te fazem avançar no caminho, há ar que não deves respirar, há telefonemas que não são para atender, há sorrisos que não são para retribuir, há histórias que não são para viver...
E quando me firmo nestas certezas da razão uma voz interior ordena-me bem alto:
Caminha!
Respira!
Atende!
Sorri!
Vive!
E por momentos desfaz-se a ilusória harmonia e instala-se a firme perturbação...