17 de dezembro de 2007

Saudade...

A voz tornou-se num sussurro, baixou a cabeça e com um brilho cristalino no olhar confessou... tenho saudades...
É triste sentir saudade?!
Se a sentes é porque foste feliz! É triste ter sido feliz?!
Se a sentes é porque viveste momentos unicos, partilhaste instantes com pessoas extraordinárias! Preferias que isso não tivesse acontecido?!
Faz-te falta o ausente mas a ausência implica uma presença... Gostavas de poder apagar o momento?!
A saudade é um carimbo que a felicidade deixa quando passa...

Faz com que hoje seja tempo de saudade amanhã!

18 de novembro de 2007

Contrastes...

Atenua-se a neblina... Mas quem disse que não prefiro descansar no nevoeiro?!
Sinto o calor primaveril mesmo em pleno Inverno!
Ao longe,
A luz mística da vela vai rasgando a escuridão... E uma suave melodia invade docemente o silêncio...

Ilusão?!

25 de outubro de 2007

Existências...

Antes ser agressivo com a verdade, do que encantadoramente cínico com a mentira!

Duas vidas, uma alma...

Vida dupla, dupla vida...
Duas vidas... Por um lado, um corpo que, por vezes, quase se arrasta na certeza de habitar um mundo que não é, nunca foi e jamais será o seu! Na outra esfera... o ânimo, uma vontade, um querer... uma força que emergiu de local incerto! Sentimento de pertença! Estou finalmente aqui porque aqui é o meu lugar! Reencontrei o caminho de onde não devia ter saído... E neste percurso não sinto o cansaço, encaro naturalmente as dificuldades e volto a sentir-me eu...
Neste percurso encontro alimento para conseguir retocar a maquilhagem do espiríto e correr mais uns instantes na outra vida... Correr?! Sim, digo correr porque cansa-me a alma! E não é um correr qualquer... é correr numa passadeira estática que ainda para mais, não é minha!
Caminhar e correr... Duas vidas, uma alma! Não sei o que me espera no final da caminhada mas sei o propósito de caminhar... E é esse saber que dá mais valor e sentido à vida!

11 de outubro de 2007

20 de setembro de 2007

Até qualquer dia...

O final da tua viagem... Ou, quem sabe, o ponto de partida. A verdade é que fiquei sem a tua presença. Faltava tão pouco para nos reencontrarmos... Revoltei-me com aquela vida livre que adoro e senti-me presa numa grande gaiola que me separa daqueles que amo, como a ti!
Vais fazer-me falta... Contigo era especial! Não me repreendias, não me criticavas, não me impunhas regras... aceitavas-me como sou, deixavas-me escolher e se por acaso falhava na escolha, estavas sempre ao meu lado... Era a tua menina, ouvias os meus lamentos e tinhas mais orgulho em mim do que alguma vez alguém teve ou haverá de ter...
Guardo as histórias que não te cansavas de repetir, o meu primeiro passeio a cavalo, o olhar cúmplice quando fazia traquinices, os doces à socapa antes das refeições, uma infância feliz... guardo a vida que só tu tinhas e sabias fazer viver!
Quando nestes últimos anos comecei a tentar zelar mais de perto pelo teu bem estar, simplesmente sorrias e confirmavas com a cabeça aquilo que eu sabia que não irias pôr em prática. Eras dono de ti e nada nem ninguém conseguiu mudar isso.
Os sinos dobraram, o relógio parou, o tempo mudou...
Os teus amigos vieram despedir-se. Aqueles amigos de toda a vida como há poucos hoje em dia... No meio da multidão reconheci muitos rostos que estavam presentes não pelo aspecto social mas porque também tinham sentido a dor de perder alguém tão importante... como tu!
Finalmente reunimo-nos todos como tu tanto querias... atendendo ao pretexto desejava que nunca tivesse acontecido!
Fechei-me em mim... Escureceu o dia e enegreceu-me a alma. Era inevitável mas, porquê agora?!

Tal com tu não gosto de despedidas, por isso, digo-te apenas... partiste mas viverás para sempre dentro do meu coração!

(a saudade aperta cada vez mais, e mais, e mais e...)

30 de agosto de 2007

O silêncio...


Quando as palavras não chegam... quando um olhar fala por si... quando a dor se instala... quando queres ignorar... ele é confortante...



o silêncio...

Caminhos Paralelos...

Sigo a viagem com um pé em cada caminho... E é tão diferente a terra que piso... De um dos lados dou pisadas firmes, seguras, convictas... as pisadas que me levarão mais além, a um futuro diferente do que aparentemente se previa... Mudaram um dia o curso do meu rio, chegou o momento de o devolver ao seu leito!

Mas, no outro lado sinto-me a afundar em areias movediças, a deslizar em terreno escorregadio... avanço a medo e sinto a lama dificultar a minha progressão. Fraquejo, revolto-me, vacilo mas sigo em frente...


São caminhos paralelos... e um passo arrasta o outro...

23 de julho de 2007

Ar em movimento...


Quando te parecer que estás no meio de um tornado olha à tua volta com atenção... A fúria do ar também move moinhos... no meio da aparente turbulência pode estar o oxigénio que te falta...
*
Porque respirar não chega!

Era uma vez...

Há muito tempo atrás, a menina de preto, escrevia assim...
Quem me dera que estivesses aqui comigo,
A ouvir o silêncio da noite;
Verias aquela lua que um dia se tornou nossa,
Suspensa por um fio de mistério
No tecto do Universo;
Sentirias a calma de nada temer ou desejar;
Serias livre, sem nada que te pudesse enclausurar
Num mundo de enganos e aparências...

Quem me dera que estivesses aqui comigo,
A ouvir o sussurrar das estrelas;
Elas sabem os nossos caminhos e apesar disso
Não nos acusam nem nos oprimem,
São confidentes, amigas, leais!
E tentam juntar duas vidas que,
Sem nunca terem estado juntas,
Um dia se separaram...

Mas, tu não estás aqui comigo
E eu desfruto deste quadro celestial, sozinha!
A lua reflecte o teu rosto e as estrelas falam-me de ti.
Oiço a voz muda do Universo e apesar de não te ter, sou Feliz...!

6 de julho de 2007

Um passo em frente...

Porque nem sempre são as grandes vitórias que nos preenchem, nem sempre é o reconhecimento alheio que nos faz feliz... É o valor que atribuímos às coisas, o modo como as conseguímos, as pequenas vitórias nas batalhas interiores e com o mundo... O grito outrora mudo e que se vai ouvindo ao fundo com a certeza de se tornar cada vez mais intenso e livre!

Hoje, aumentei-lhe o volume!

21 de junho de 2007

Aquele pátio...

Espreitei, ouvi o som e vacilei...
Podia contorná-lo, evitar os olhares, as perguntas, mas ia perder a sensação... ia perder o momento... E há momentos na vida que são valiosos demais para serem perdidos!
Fechei os olhos e avancei para uma perspectiva diferente. Vi uma menina sentada no pátio com as amigas a sussurrar segredos ingénuos... olhei noutra direcção e vi-a novamente mas desta vez a caminhar vestida de preto com um ar ilusoriamente indiferente... conseguia ler-lhe os pensamentos, sentir-lhe a força, observar-lhe a alma...
Apeteceu-me dizer-lhe que o futuro era muito diferente do que ela imaginava...
Mas, enquanto eu lhe destruia mentalmente o sonho, ela aproximou-se e iluminou-me o caminho. Olhou-me nos olhos – e eu que achava que ela não me podia ver – e disse com voz firme: continuo aí... no mais íntimo de ti... deixa-me renascer!
E nesse preciso momento... aquele pátio dos sonhos redirigiu o palco da vida...

11 de junho de 2007

O caminho...


A espera... a incerteza... a mudança!
Viver uma transição, seja de que natureza for, faz-te flutuar. Mas o importante é ela acontecer.
Acredita! E se alguns perdem mais tempo a criticar do que a partilhar contigo o momento, não te lamentes... O tempo coloca tudo no seu devido lugar...

Uma viagem diferente...

Debruço-me sobre esta janela e olho o céu. Vejo a noite tão vazia, tão silenciosa e viajo... Viajo no tempo, pela mente, pelos sonhos que se edificaram e por aqueles que ruíram, por um mundo que era o futuro de ontem e constitui o passado de hoje, por um vasto número de lugares, de pessoas, de coisas... enfim, de seres que me marcaram e foram marcados.
Viajar é evadir-se, é (re)viver!

2 de junho de 2007

A outra face...



"Ao rio que tudo arrasta chamam violento!

Mas ninguém chama violentas as margens que o comprimem..."

22 de maio de 2007

O regresso...

Não! Não quero voltar...
Posso não saber onde é o meu lugar mas sei que lá não é!
Foi em tempos... deixou há muito de o ser...

20 de maio de 2007

Um tesouro...

São "a família" que escolhemos... Aquelas pessoas que apesar de te conhecerem, gostam de ti! Riem contigo, brincam contigo, estão ao teu lado... Puxam-te as orelhas quando é preciso, zangam-se, criticam mas... estão lá para ti! E é isto o mais importante... estão (incondicionalmente) lá para ti! Por maior que seja a distância, por mais incompreensíveis que sejam as tuas escolhas... eles não te abandonam, não te ignoram, não te falham... E nisto reside a diferença entre um amigo e "os outros"... Na mais cerrada noite, a tempestade apaga as luzes eléctricas que são muitas vezes coloridas, intensas, radiantes... mas a luz suave da vela continua a iluminar a tua estrada e a acompanhar-te no teu caminho...
Porque há pequenos nadas que nos fazem valorizar a riqueza que temos... digo apenas, obrigado, sou feliz por vos ter na minha vida!

16 de maio de 2007

Mais além...

As pessoas realmente importantes, as pessoas que de algum modo fazem ou fizeram parte de ti são insubstituíveis! A dor, o afastamento, a morte, a distância... a vida, podem camuflar o sentimento... o tempo pode até atenuar a lembrança, mas, na realidade, o lugar que um dia lhes concedeste no teu mundo continua e continuará a pertencer-lhes...
Podes negá-lo, podes ocultá-lo, podes lutar contra isso, mas quando crias um laço genuíno com alguém, esse laço perdura eternamente...

15 de maio de 2007

A Janela...

Quando finalmente decides fechar a porta e descansar... abre-se inesperadamente uma janela que mostra um magnífico céu estrelado no horizonte... Tentas fechá-la e gritas a ti próprio "não" mas como que por magia sopra uma brisa suave mas forte que insiste em mantê-la aberta... E quando menos esperas... voltas a sorrir e és feliz...

14 de maio de 2007

Olhos que vêem uma alma...

E no meio da multidão ele disse... "tu és diferente... és livre, és uma mente aberta. Um livro fechado que muitos julgam transparente. Escondes a riqueza com uma capa de simplicidade, o tumulto com um sorriso calmo e fazes o tornado parecer uma brisa suave... És do mundo, tens o teu mundo. Queres voar mas ainda não te lançaste no teu grande voo... Não fujas, não evites, não temas... é inevitável... faz parte de ti! E quando abrires as asas e finalmente voares, vai longe... vai mais além... Persegue o teu horizonte com a mesma garra com que defendes esse mundo só teu..."

12 de maio de 2007

Para o ano há mais...

O espírito da queima andou no ar e era impossível ficar indiferente... De manhã era vê-los passar a caminho do descanso dos guerreiros com a capa preta num lado e o copo plástico da cerveja no outro... Sente-se a nostalgia de um tempo que para muitos já passou... Viver uma semana inteira de loucura, desfilar orgulhosamente com o pouco confortável traje, deitar já de manhã e acordar no início da noite, andar de autocarro sentada no banco de jardim que alguém convenceu o motorista a deixar entrar... ir para a figueira tomar o pequeno almoço e acabar na praia a apanhar restos de bóias de pescadores... tantas histórias!
Não há queima como a nossa! Coimbra é Coimbra! O sonho e a
tradição serão para sempre nossos...

Para o ano acabo com a nostalgia e volto com a capa preta a fazer parte da Academia...

5 de maio de 2007

A Ilusão...

Tudo aquilo que não te disse antes... é tanto... Será que imaginas uma pequena parte que seja?! Aconteceu... Sabia que existias mas simplesmente aconteceu... Deixei-me ir... deixei-me levar! A tua mão segurou-me, confortou-me e cravou o teu ser na minha vida, no meu coração de uma forma que nem eu imaginava na altura... O tempo passou, o tempo foi passando e tu e eu ficámos ligados. Uma ligação só nossa, uma ligação invisível ao mundo, mas real... Seguimos o nosso rumo... E apesar dos nossos caminhos não se tocarem, não se cruzarem, tu estiveste sempre lá! Durante anos, estiveste lá. Eu conheço-te e tu conheces-me. Somos confidentes, somos 'amantes', somos amigos. Não te tinha e conseguia sentir-te, conseguia ver-te sorrir, conseguia ver-te com os olhos da alma, com os olhos do coração... Foi um constante vai e vem. Umas vezes mais próximos, outras mais afastados mas sempre com um laço a unir-nos. Como é que tu o sentias?! Seguiste o teu caminho mas é neste ponto que deixo de caminhar contigo... Deixo de te ver viver... Deixo de viver naquele mundo só teu... Neste ponto observo-te a afastares-te lentamente. Estou serena e deixo-te ir... Não há nada que eu possa fazer, não tenho nada a dizer... Gostava que o trilho seguisse outra direcção mas no meu intimo sabia que dificilmente seria assim... Sê feliz! Continua a espalhar a magia do teu arco iris... Continua a espalhar alegria e sorrisos. Vais fazer-me falta... Mas tenho que aprender a viver sem a tua presença e para isso tenho que reaprender a viver... Há muito mais a dizer, muitos sentimentos para deixar voar mas é tarde para dizer... tudo aquilo que não te disse antes...
*
Tudo tem o seu momento e o nosso passou... A nossa estrada divide-se aqui... O teu norte é o meu sul mas levo-te comigo... num canto daquilo a que chamam coração...
E o meu esta sereno. Aquela felicidade serena de quem sente que chegou o seu momento...
*
Coimbra, 5 de Abril de 2007

Realidade?

Tenta, dá, ri, arrisca, liga, chora, diz, faz, vai... vive!
Porque as oportunidades da vida são como a água do mundo, transformam-se! Podem voltar a passar por ti mas jamais da mesma forma... Não se perdem totalmente mas evaporam-se e ficam tempo demais nas nuvens, ficam poluídas ou simplesmente precipitam-se num rio que segue o seu curso por um caminho que não passa por ti!
E se por acaso te cruzares com esse rio, a água que nele corre só passa uma vez... até pode voltar com a chuva mas não será da mesma maneira... pode ser melhor, pode ser pior... nunca igual!
Assim, brinda e bebe do cálice da tua vida, hoje!

4 de maio de 2007

O início...


Começa aqui a minha ilusão...

O meu canto, o meu espaço... Um mundo onde o limite entre a realidade e o sonho é invisível...


O mundo da minha ilusão...