19 de março de 2010

Breve passagem...

Distante daqui... Venho, olho, releio os textos mas não páro para deixar nada de novo... não me recosto para escrever... ignoro as ideias, esqueço as palavras, troco frases só para evitar espraiar a mente com receio do que possa ou não sair.
Flutuo... conscientemente e por vontade própria! Vagueio sem tocar no chão. Sinto o cheiro da erva molhada sob os meus pés, o calor das pedras aquecidas pelos primeiros raios de sol e a poeira que se levanta à minha passagem. Por mais calmamente que avance, levanta-se sempre poeira... em maior ou menor quantidade, mas a verdade é que este pó me incomoda.
Fui passear para longe desta cidade pequena... mentalmente pequena e, para mim, há muito claustrofóbica. Fui respirar a poluição da confusão e purifiquei-me... Contraditório?! Não! A poluição do ambiente é grave mas uma pequena gota de oceano quando comparada com a poluição do espaço, das pessoas! Devia ter ficado por lá... talvez!
E chega, por agora! Afinal, uma parede rachada na portada de uma barragem pode, com o tempo, provocar um desabamento catastrófico! Assim... vou escrever para outro lado!